Roberto de Jesus Sant'Anna

domingo, 31 de agosto de 2014

OS DEGRAUS DO TEMPLO MAÇÔNICO

Autor: José Geraldo da Cruz Oliveira
        
              INTRODUÇÃO

              Nos Templos onde as Lojas trabalham sob a égide do R\ E\ A\ A \ existem DEZ degraus que expressam uma hierarquia e, nós maçons, devemos procurar entender o significado da sua escalada, pois, eles nos conduzem a uma liderança e quando galgado por irmãos não preparados levam a Loja à desarmonia.                                                  Por unanimidade dos autores da literatura maçônica os degraus  dos Vigilantes não têm nomes, os demais,segundo a maioria dos autores, possuem nomes com seus respectivos significativos.

             DESENVOLVIMENTO
         
              No Ocidente

              - Temos um degrau na mesa do segundo vigilante: e dois na do primeiro vigilante significando, portanto, uma hierarquia existente.        
             
             - No Oriente
  
             Temos separando o Ocidente do Oriente quatro degraus.
É o Oriente o lugar dos Mestres Instalados que ali chegaram através de estudo, experiências e vivência maçônica.
              
               O primeiro o da FORÇA corresponde a todo o Ocidente da Loja e representa o conjunto da força física e espiritual dos irmãos, em torno do Venerável, e, quanto mais unidos estiverem todos, mais forte será esse degrau.
        
               Seguem-se os três degraus seguintes entre as duas grades, pelos quais subimos para o Oriente.
        
               O segundo degrau é o do TRABALHO que corresponde simbolicamente o desbastar pedra bruta, o desbastar das nossas imperfeições no nosso caminho em busca da evolução.  Significa também  trabalho de saber conduzir uma Loja mantendo todos os obreiros  em harmonia. Significa ainda o exercício do honesto trabalho das oito horas diárias, para garantia do sustento digno para a nossa família.
        
             O terceiro degrau é o da CIÊNCIA, que se consegue através do estudo. O aprendizado constante que leva à Sapiência ou à Sabedoria. É o conhecimento das coisas e das causas, que libera o nosso espírito para entender a filosofia que cultivamos (combate incessante a Intolerância, a Ignorância e ao Fanatismo). È através da ciência que  Deus se manifesta onde o homem é seu instrumento.
       
            O quarto degrau é o das VIRTUDES, que habita o Ocidente e os quatro cantos da Loja, cuja prática é indispensável para a subida da Escada de Jacó, essa noção emblemática da nossa escola de Regeneração.
       
   
          Nesse momento atingimos o Oriente e para chegarmos ao Santo dos Santos, que está por baixo do dossel, necessitamos ascender mais três degraus, antes de sentarmos na Cadeira de Salomão.
       
           O primeiro degrau é o da PUREZA de sentimentos e de conduta diante do próximo, sem subterfúgios, calúnias, agindo com sinceridade e transparência, em todos os momentos da nossa vida. É o agir sem preconceitos e evitar a prática do mal.
       
            O  segundo degrau é a LUZ, a nossa opção contra as TREVAS. O caminho do bem, sempre pronto a combater o mal. A compreensão da sua existência sobre a Terra. A abertura da Inteligência a um nível mais alto. A iluminação do espírito e da consciência, o momento esperado quando vemos a Estrela Flamígera, apanágio de poucos. A Luz que nos invade o corpo e nos enche de alegria que nós conduz à presença do Criador.
     
         O terceiro degrau é o da VERDADE, de onde julgaremos e onde seremos julgados por todos, e se passarmos sem mácula, e através de um procedimento justo, exemplar e reto, faremos a Loja progredir e brilhar. Neste patamar da escalada evolutiva mereceremos então receber o título de Venerável, aquele que deve ser honrado por sua Loja.
  

             CONCLUSÃO
             Concluo refletindo que o Oriente DEVE ser constituído de destacados e virtuoses Obreiros. Se a qualidade moral, cultural e ética das pessoas que compõem a Loja é ruim, de que adianta o mais sábio dos homens em sua presidência? Quem faz uma Loja, quem dá luz ao espetáculo, quem brilha de fato, não é o venerável, o Grão-Mestre, são todos os membros Unidos na oficina e abençoados pelo Incriado. Aquele que sobe o último degrau e já introjetou s filosofia dos demais serve aos que estão em degraus inferiores. Na ordem maçônica, o mestre maçom está empenhado em um processo de melhoria interminável onde não deve ser visto o poder pelo poder, mas pelo servir. Para obter sucesso o não servir coloca em cheque  o que os degraus nos orientam, e quanto mais nós subirmos na hierarquia da Loja, mais se empenhados deveremos ser em servir e isto nos proporcionará verdadeiro e natural poder e Capacidade de refletir a sabedoria gerada nos demais Quadrantes do Templo.
COMPILADO POR ROBERTO DE JESUS SANT´ANNA - M\M\

GOB/GOSP - R\E\A\A\

2 comentários:

  1. Meus parabéns irmão, é justamente o que eu estava procurando, devo apresentar um trabalho de igual importância, sobre os 7 degraus e a que aludem, meus parabéns.

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