Desenvolvimento:
A Maçonaria tem nos seus interstícios um importantíssimo passo para o desenvolvimento do Maçom. Estes estágios, entre os graus, ao contrário de ser uma “parada” têm como finalidade dar-nos o tempo necessário para verdadeiramente assimilarmos os conceitos que nos são inicialmente transferidos quando das Elevações.
Quando somos Elevados a um determinado grau maçônico, logo após, antes do grau seguinte, muitos novos conhecimentos devem ser exercitados, aprendidos, interiorizados e pelo trabalho do verdadeiro Maçom, devem ser aplicados no intuito de construir um mundo melhor. Estes conhecimentos, assimilados adequadamente, passo a passo, fazem a construção interior do Maçom, fortifica a procura constante de cada um no crescimento pessoal e coletivo. Para isto, se faz necessário um tempo.
Cada Maçom deverá dedicar-se à leitura, à visitação, ao trabalho maçônico, confrontando o que foi verificado até então, aprimorando seus conceitos, revendo cada ponto de sua vida frente ao que lhe foi passado e que ainda poderá ser visto.
Nada é estático: é dinâmico, não só frente ao que aprendeu anteriormente, mas também e fundamentalmente ao que deve ser reavaliado e desenvolvido. Aprendemos sempre que a Maçonaria é a constante busca pela verdade, acreditando que a verdade atual, pode não ser a futura. Cabe a cada Maçom, revisando o que aprendeu, o que lhe foi transmitido, exercitando tudo, junto com todos, em Loja e fora, procurando o verdadeiro caminho ao G\A\D\U\.
O interstício entre graus deve ser utilizado de forma viva e calorosa pelo Maçom, este que é ávido e desejoso pelo aprendizado. Não devemos nos preocupar com o tempo e sim com o que devemos reavaliar. Muito deve ser novamente reaprendido, de uma nova forma.
O tempo entre os graus é definido pelos regimentos e estatutos, mas muito mais do que isto, cada um não pode se ater somente a este período: devemos e temos que nos reciclar a todo o momento. Somos conhecidos pelos princípios de sermos livres e de bons costumes. Para tal, nossa força está neste reaprender e no trabalho conjunto e constante.
Qual o interstício adequado? Não existe regra, mesmo considerando que existe aquele tempo que foi estipulado. Este, o que foi definido é o mínimo necessário, salientando que após as Elevações teremos as sessões de instruções. O novo grau, a nova Elevação, revisita os conceitos anteriores e nos traz uma nova visão a ser despertada. Sim, despertada, pois quem constrói cada caminho, cada edifício é o Maçom, utilizando-se das ferramentas que a Maçonaria lhe propicia. Cada Maçom utilizará este tempo ao seu modo e somente se sentirá satisfeito quando acreditar no muito ainda a ser aprendido.
Não devemos nos valorizar pelos graus que temos. Temos que nos valorizar pelo que aprendemos e que podemos dar, aplicar em nosso trabalho dedicado à Fraternidade. Quando mencionamos que chegamos a que um determinado grau, tendo realmente utilizado adequadamente os interstícios, aplicando nossos conhecimentos no trabalho em benefício da humanidade, estaremos sendo reconhecidos como verdadeiros Maçons.
Conclusão:
Ser Maçom é saber que para sermos os veículos de mudança, procurando a verdade, calcados nos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, devemos nos reciclar continuamente, defendendo o que aprendemos e externando os sábios conceitos visualizados em cada grau, mesmo que tenhamos chegado ao último grau.
Assim, cada interstício servirá para verdadeiramente enraizar o que nos foi transmitido, dando-nos o tempo necessário para isto e muito mais, aplica-lo em nossa vida.
Cada grau nos trará novos ensinamentos. Cabe a cada um de nós interna-lo e saber como isto poderá nos tornar maiores, livres e iguais, não em nosso benefício, mas de todos.
Ir\Cléber Barros Cunha
COMPILADO POR ROBERTO DE JESUS
SANT´ANNA - M\M\
GOSP / GOB - R\E\A\A\
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