Roberto de Jesus Sant'Anna

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A LENDA DE HIRAM SEU SIGNIFICADO FILOSÓFICO - GRAU 3

Como é do conhecimento de todos os Maçons preocupados em conhecer a Ordem, procuramos entender a Maçonaria Especulativa como um sistema escudado na moral e composto de símbolos, lendas e alegorias. E que no estudo de suas lendas o Maçom deve buscar além do sentido moral dos fatos verem também o seu lado místico. O entendimento dos símbolos apresentados é muito mais importante do que os fatos históricos da narrativa.
A nossa instituição precisa ser urgentemente restaurada no que diz respeito ao estudo místico dos símbolos, lendas e alegorias, voltando as suas verdadeiras origens, pois seus rituais atuais estão muito longe de representar em sua síntese filosófica a antiga e tradicional Maçonaria Operativa.
Por esta razão ela necessita receber algumas informações que com o passar dos tempos acabaram por serem esquecidas ou propositalmente retiradas de seus rituais se afastando das suas origens primárias.
A Maçonaria Operativa trazia a verdadeira mensagem do Mistério do Fogo Sagrado, da Arte-Real e do Amor Mágico, de uma forma simbólica e alegórica, de modo muito mais fiel e sem deturpação da mensagem original.
Lenda de Hiram é um dos exemplos de um relato ao mesmo tempo simbólico e alegórico que contém verdades e fatos da natureza humana, que requerem uma chave exata para sua interpretação e compreensão, mesmo assim ela se manteve através dos tempos como uma mensagem fiel dos segredos milenares.
Lenda de Hiram comporta a interpretação de um sentido cósmico, filosófico e individual sendo uma tradição transmitida e interpretada, de boca ao ouvido a um bom irmão, dentro do Templo interior (do seu coração) para auxiliar no aperfeiçoamento do ser humano iniciado nos mistérios da Arte Real.
Além disto, ela também estimula a imaginação do Mestre para em um segundo momento se converter em motivo para a visualização das virtudes básicas que dirigem o comportamento do homem iniciado, virtudes importantes que o conduzem ao desenvolvimento da intuição, de forma a abrir as portas do Templo da Verdade que representa o mundo interno de cada um de modo que possa contemplar a sua beleza.
O Templo a que me refiro é aquele corpo humano puro, dominado, educado e guiado pela verdade e pelas virtudes.
É um Templo místico da imagem que representa o Universo e o ser humano ao mesmo tempo, contendo as maravilhas da criação. Esta Lenda alegórica disfarça e oculta a Grande Verdade da Iniciação Interna do Ser Humano em que todo Maçom poderá entendê-la pela observação e estudo, da aspiração e da meditação.
Lenda de Hiram no Terceiro Grau tem a finalidade de preparar o Mestre Maçom para se defrontar com Deus, com o Fogo Sagrado que representa a Divina Kundalini, onde David, Rei de Israel (Personalidade - Chakra Básico), depois de acumular bens materiais, prazeres sexuais da vida, imensos tesouros, se propôs erguer um Templo ao Deus de Israel, mas pela vaidade e luxúria acabou por desviar-se do caminho da virtude (em vez de praticar a Arte-Real, o Amor Mágico, a Maithuna ou a Magia Sexual), passou a viver dentro de um ambiente carnal e animal e sem a sublimação do amor, não divinizando da energia primordial.
Com esta atitude, faltou-lhe a proteção do Ser Supremo. Daí sua decisão em outorgar a missão da construção a seu filho Salomão (Sol Man - Homem Solar) e este querendo fazer de seu corpo um Templo digno para o Deus íntimo, solicitou a seu amigo Hiram Rei de Tiro, na lenda representa a Consciência Elevada, o Sol Espiritual, que lhe enviasse um competente mestre arquiteto do seu reino para dirigir a obra.
Assim foi que Hiram rei de Tiro (o Poder), enviou Hiram-abib, ou Abiff (o Fazer - Mestre Construtor, Super-consciência, Sol Espiritual no Ser Humano), grande perito e com muita habilidade e conhecimentos da Arte da construção, que era filho de uma viúva (a manifestação da Mãe natureza). Salomão, Hiram Rei de Tiro e Hiram Abiff ou Abib representam na lenda alegórica as três virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade.
A Loja Maçônica, observadas as devidas proporções, representa o Templo de Salomão como sede do respeito e veneração ao Supremo Arquiteto do Universo, que por sua vez pode ser comparada ao corpo do homem místico que se estende do Norte ao Sul e do Oriente ao Ocidente em correspondência aos quatro pontos cardeais, uma vez que o Ser Humano é a unidade indivisível do Universo.
O Venerável (no Oriente) representa cabeça que se expande aos mundos superiores, se converte em sabedoria Espiritual, é o Salomão (o Saber), que constrói um Templo para a Glória do Grande Arquiteto do Universo.
O baixo ventre (o Ocidente) o lado direito (o Sul) e o lado esquerdo (o Norte) são representados pelos Vigilantes os obreiros responsáveis pelo aprimoramento dos Aprendizes e Companheiros.
Quando olhamos os conceitos filosóficos da Maçonaria Operativa vemos que nossos antepassados tinham por objetivo principal espiritualizar o ser humano e fazer dele um super-homem, intelectual e espiritualmente, com completo domínio de si mesmo. Extinguindo dele a ignorância, o medo e o egoísmo, afim de que ele preparado chegasse a confrontar-se com o Fogo Sagrado (A “Sarça de Horeb”, aquela planta mencionada no Êxodo “que ardia, mas não queimava”, pela da qual Deus falou para Moises no monte Sinai (também conhecido como Monte Horeb ou Jebel Musa, que significa “Monte de Moisés” em árabe está situado no sul da península do Sinai, no Egito; esta região é considerada sagrada por três religiões: cristianismo, judaísmo e islã). ouvindo e entendendo perfeitamente a voz interior.
A divinização da atividade sexual é a representação do Fogo Sagrado, que representa a força mais poderosa da natureza, capaz de criar outro ser a sua semelhança. Sem a prática do ato sexual entre os opostos não haveria geração, nem mundo, nem humanidade.
Para dirigir esta construção foi designado como chefe dos trabalhadores (átomos, células e moléculas) Hiram Abiff (o Sol Interno), o Mestre construtor que dividiu o universo dos obreiros conforme suas capacidades (superiores, medianas e inferiores), pois o Mestre Hiram era sábio, justo e benevolente.
Assim:
- os Aprendizes trabalham no mundo inferior do ser humano (da parte do estômago para baixo – baixo ventre),
- os Companheiros trabalham no mundo mediano (Caixa torácica), e
- os Mestres também são átomos, células e moléculas, mas que trabalham no mundo superior (cabeça). Hiram (super-consciência) deu a cada um a forma de se manifestar através de sinais, toques e palavras dando a cada um dos grupos a capacidade de influenciar-se por meio dos 3 sentidos (visão, tato e audição).
Foram erguidas no portal do Templo duas grandes colunas (duas pernas ou dois pólos: Positivo e Negativo), onde os obreiros recebiam seus salários conforme o seu esforço e trabalho dedicado a obra.
Os Aprendizes (átomos construtores) recebiam os seus salários segundo a sua Fé (o seu bem-estar) na coluna Passiva à Esquerda (que representa “IDA” a energia feminina negativa),
Os Companheiros segundo a sua Esperança, na coluna Positiva à Direita (que é “PINGALA” a energia masculina positiva)
Os Mestres (representando os átomos superiores do cérebro) na Câmara do Meio ou lugar secreto (o mundo interno, coração), segundo a sua caridade ou Amor, pois são trabalhadores no mundo superior (a cabeça).
A construção do Templo Íntimo segundo a lenda bíblica foi dirigida e executada sem nenhum ruído e com sabedoria, ordem e exatidão, segundo as instruções recebidas pelo Mestre Hiram (Consciência da Realidade ou Super-consciência).
Não houve nenhum ruído porque na construção do Templo-Corpo não foi usado nenhum instrumento que interrompesse o silêncio do mundo interno que dá origem a obra espiritual, pois a energia primordial não faz barulho algum.
Para que a construção do Templo Interno seja concluída com perfeição, são necessários sete anos, pois a cada sete anos o corpo físico se transforma totalmente, desfazendo-se dos seus átomos e células antigas formadas pelo desejo inferior.
As novas aspirações, meditações e os bons pensamentos foram usados durante a construção, portanto não houve chuva (nenhuma palavra, idéia ou obra negativa) para impedir o desenvolvimento interior, porque o Templo-Corpo estava constantemente coberto. Da mesma forma como o iniciado se afasta de tudo que pode perturbar o seu espírito, a compreensão e da força de vontade devem ser suas metas primordiais para que possa reinar a prosperidade, a perseverança e a paz durante a construção do Templo.
Ao solicitar Salomão (a Sabedoria) auxilio a Hiram, rei de Tiro (a Força) que lhe enviou o Mestre arquiteto Hiram Abiff (a Beleza) foi possível dar início a construção do Templo do Senhor que é em síntese a representação do corpo humano representando no seu interior a Trindade Divina: o Poder (Pai) o Saber (Filho) e a Beleza o (Espírito Santo), que nada mais é do que a vida em movimento.
Pelo poder, pelo saber e pela beleza este Templo-Corpo foi erigido, no entanto, no mundo inferior (órgãos sexuais) por ignorância e desconhecimento, acontecem certos defeitos e vícios, onde os obreiros cometem certas indignidades.
Estes vícios (companheiros do ser humano) ameaçam todas as conquistas e esforços espirituais. A Ignorância é um deles que faz o ser humano acreditar que sabe tudo, não se interessando por aprender mais, a Fraqueza elimina totalmente a fé do seu íntimo, no Deus do seu coração e da sua compreensão e a Ambição que exige tudo para si, expondo no fundo a realidade egoísta do ser humano.
Três companheiros infiéis Jubelos, Jubela e Jubelum, após lhes ser negada a transmissão da palavra sagrada que lhes concederia a elevação ao Grau de Mestre, com instrumentos de trabalho, a régua, o esquadro e o malho, os obreiros rebeldes se julgando os verdadeiros construtores e querem, a todo custo, serem ombreados aos seus superiores, mesmo sem ainda terem atingido as condições de proficiência necessária para isso, ferem o mestre sucessivamente na garganta, calando-lhe a voz; no peito, ofendendo-lhe o coração e na cabeça destruindo-lhe a razão
Na lenda estes três elementos defeituosos ou viciados são reconhecidos como os três companheiros que assassinaram o Mestre íntimo a fim de conseguir, sem trabalho e sem merecimento material e espiritual, a palavra sagrada e do salário atribuído ao Mestre. Da mesma forma como o ser humano inferior pretende obrigar seu íntimo a outorgar-lhe os poderes divinos, pela força e sem o devido merecimento.
Cada um dos companheiros infiéis (os defeitos) estava armado cada um com uma ferramenta simbólica representando:
- a IGNORÂNCIA (Jubelos) com a régua de 24 polegadas atacou o lado direito Positivo, que representa o dia de 24 horas, e nunca são realmente aproveitadas, porque a ignorância sempre tenta obstaculizar a obra divina interna,
- o FANATISMO (Jubelas) que o atacou com o esquadro o coração que é a intuição Divina (a forma material - conhecimento intelectual sem o compasso), matando nele o amor e a tolerância.
- (a AMBIÇÃO (Jubelum) mal dominada e dirigida) com o malhete golpeou a cabeça do Mestre de modo a aniquilar toda sabedoria interna do ser humano.
Depois disso os três assassinos tentam relegar o fato criminoso ao esquecimento para isso “sepultaram o cadáver do Mestre Hiram” em lugar incerto.
Neste simbolismo a lenda maçônica tenta nos ensinar que o Mestre Hiram Abiff é o Maçom “Filho da Luz”, que também representa o Sol, o qual percorre em sua caminhada os doze signos do zodíaco. No equinócio da primavera, o sol deixa o feminino, signo de PEIXES para entrar no signo de ÁRIES onde exalta o seu pode regenerando a natureza. Os três meses de inverno são também os três companheiros que matam e sepultam o Sol nas trevas e no frio, mas os nove meses seguintes representam os nove Mestres que foram procurá-lo, conforme narra a lenda, para que ele voltasse a brilhar no mundo físico.
Hiram Abiff é o Mestre Interno, representa o Eu interior que esta sempre trabalhando para o bem estar do ser humano, por seu desenvolvimento moral, mental e espiritual, mas que é constantemente atacado pelos três defeitos mais comuns da humanidade (IGNORANCIA, FANATISMO e AMBIÇÃO), porque a todo o momento degradamos algo que era sublime: a ambição egoísta representado pelo sincero desejo de progredir, foi inferiorizada pelo intelecto; o amor próprio transformou-se em fanatismo e pornografia e por ignorância e ambição o ser humano acabou perdendo a fé e infelizmente o medo assumiu o controle condicionando ainda mais a sua mente.
Pela falta de conhecimento das qualidades morais e espirituais que deveriam ser parte da formação integral do homem limpo e puro passa a ser responsabilidade da ignorância. O fanatismo que é o acompanhante inseparável do ignorante faz com que ele tome como verdades dogmas lhe foram passadas sem que as analise e conclua serem verdades ou imposições.
Hiram a representação do Mestre interno (Eu Superior) também é a consciência, a personalidade (o Eu Individual) também é à vontade, o intelecto ou inteligência, que estão representadas nas partes atingidas pelos três companheiros (os vícios) que matam o ser humano (o Eu Superior).
O importante é que o Maçom medite sobre o real significado interno e individual desta lenda, a qual ensina que Hiram representa o Eu superior, o Espírito Divino, o Sol dentro do corpo do ser humano e se encontra ameaçado, através da mente objetiva, pela ambição, pela ignorância e pelo fanatismo que impedem o progresso dentro da evolução.
O Ser humano é obrigado a construir e dirigir sua vontade para o Templo interno para o Deus vivo com sabedoria, poder e Amor.
O drama da “morte” de Hiram (o adormecimento do Eu Superior) representa uma morte aparente, (pois o Eu Superior jamais morre) acontece porque os nossos pensamentos paixões e ações baixas matam dentro de nós, a voz do silêncio e da consciência íntima, o nosso único guia confiável que nos indica a todo o instante o reto viver, cujo ideal elevado direciona a nossa vida a um ideal superior, divinizando o ser humano.
Por não ouvirmos o Eu íntimo (o Mestre Interno), sucumbimos e nos entregamos aos vícios e as paixões e com isto nosso trabalho de construção do Templo (de evolução espiritual) ficam suspensos devido à perda do nosso guia (o Eu Superior).
Os três assassinos (os três meses de inverno) são a ignorância que deseja assumir o lugar da verdade e converte a atividade em fanatismo. O fanatismo busca todas as honrarias, e a ambição quer usurpar toda a autoridade do Mestre Hiram (o princípio da luz).
Estes três companheiros e inimigos do ser humano tentam apoderar-se da palavra do poder que somente se consegue através de muito trabalho, esforço e evolução individual. Seus golpes somente danificam a sua forma exterior uma vez que o Mestre Hiram (o Eu superior) nunca pode morrer. Com o poder da vontade o ser humano poderá dominar os três companheiros, através dos três Mestres, ou atributos superiores (o saber, a fé e o amor) que foram procurar Hiram e o ressuscitaram (é o domínio do espírito sobre a matéria), porque a evolução sempre segue a involução.
Se observarmos atentamente em todas as Lojas Maçônicas encontraremos uma corda com 12 nós, que representa as 12 faculdades do espírito e que representam também os Mestres que foram procurar os assassinos (eliminando do corpo os três vícios).
Os nove companheiros que se apresentaram de luvas brancas (a Percepção, o Juízo, o Altruísmo, o Conhecimento, a Associação, a Memória, a Vontade, a Ordem e o Acerto) que auxiliaram a levantar o Mestre Hiram, (o Eu íntimo, o Eu Superior, o Sol Interno, o Espírito Divino dentro de nos) ressuscitando-o, porque foram eles que exaltaram a Luz Interior, que havia sido sepultada. Quer dizer que o corpo é o Templo do Deus vivo e Deus pode se manifestar neste corpo através da alma, o qual representa o Fogo Sagrado, a Mãe Kundalini, a Luz no Sexo Divinizado, sempre na sua presença tirando a venda dos olhos dos iniciados para que possam enxergar a Divina Verdade que poderá ressuscitá-lo e imortalizá-lo.
Conforme o ritual maçônico a Fé é a palavra do grau de Aprendiz, a Esperança é a do grau de Companheiro e o Amor ou Caridade é a palavra do grau de Mestre, mas conforme a lenda os dois Mestres (Fé e a Esperança) não conseguiram encontrar o cadáver do Mestre Hiram, somente o terceiro Mestre (o Amor) pode finalmente encontrá-lo, pois o amor Mágico é que pode realizar este milagre da ressurreição e da imortalidade, com ele poderemos nos regenerar depois de vencer o egoísmo, o amor jamais poderá conviver com estes vícios que tentam matar a Fé, a Esperança e a Caridade que são inerentes ao ser humano. Somente o amor Mágico, a Arte-Real poderá nos ressuscitar da morte aparente para a vida verdadeira.
A palavra sagrada perdida é sem dúvida a essência da Fé, da Esperança e da Caridade que representam o amor Mágico, por outro lado a construção do Templo de Salomão é uma maneira velada de informar a cada ser humano que ele deverá dedicar-se a esta obra, que é o seu próprio corpo - o Templo do Deus Vivo. O candidato na iniciação maçônica (cândido no ato, puro no momento de iniciar uma ação) representa o próprio Mestre Hiram que tem que subir os 33 degraus da escada de Jacó (as 33 vértebras da coluna vertebral), ou os 33 graus do Rito Escocês Antigo e aceito da Maçonaria Especulativa.
Simbolicamente quando o Sol chega ao equinócio do outono, os seus raios desvanecem e seus poderes são reduzidos. Então ele morre: Hiram é simbolicamente, assassinado, assim também se o homem não tem o Fogo Sexual (a energia interior), não pode gerar, não pode regenerar-se nem regenerar, sem poder transformar a energia primordial em chama Divina, seu altar íntimo ele definha e morre. A Maçonaria Operativa ensinava esotericamente o despertar e o desenvolvimento da Kundalini, a Serpente de Fogo que está dentro de cada ser humano para regenerá-lo, por meio da Arte Real, do amor Mágico, da Maithuna ou da Magia Sexual.
Mas existe uma advertência a todos os iniciados: - Esta energia sexual que lhe foi dada para sua salvação, este Fogo Sagrado que tem o poder para divinizar o ser humano elevando-o às dimensões superiores (“Céu”, “Nirvana”, “Astral Superior”, etc.), se for mal dirigida poderá aniquilá-lo, destruindo sua alma e levando-o a morte (“inferno”, ”Astral Malévolo”, etc.). Por isso que o sexo apesar de ser a Árvore da Vida, o homem que não soube usá-la morreu, porque a mensagem Sagrada diz que existe “a árvore da vida e da morte”.
Portanto está na prática do livre arbítrio escolher como utilizar esta sublime energia, que é o maior poder de Deus outorgado ao homem, indicando-lhe o caminho da iluminação. Fugir do sexo é tão prejudicial como buscar nele somente prazer, pois o prazer sexual sem a pureza é incompleto.
Todo este conhecimento, na antiguidade, foi velado e transformado em lenda pelo simbolismo porque a humanidade estava corrompendo os puros sentimentos à adoração e degradação do sexo.
CONCLUSÃO
O Significado da Lenda do Mestre Hiram

Da Mesma forma como os cristãos comparam o corpo de Cristo ao Templo de Jerusalém, que seria destruído e reconstruído ao final de três dias, também o psiquismo do iniciado precisa ser destruído e recomposto para que pudesse ressurgir como uma consciência renovada.
A morte violenta do Mestre Hiram é imprescindível como necessidade ritualística para que o processo regenerativo possa ser partilhado por toda a comunidade.
É neste sentido o Templo de Salomão em sua construção, destruição e reconstituição simbólica deve ser entendido como sendo à semelhança do espírito do Mestre Maçom, que é regenerado pela elevação, a partir dessa integração psíquica com o espírito do mestre imolado.
O novo homem que emerge desta construção alquímica resulta um ser regenerado, onde todos os vícios foram expurgados e pronto para participar de uma nova nação de eleitos unidos pelos vínculos das virtudes, das ciências constituindo-se em uma nova utopia, a ser vivenciada social e espiritualmente

OBRAS CONSULTADAS
ANATALINO, João. Conhecendo a Arte Real – A Maçonaria e suas Influências históricas e filosóficas Madras, São Paulo, 2006
ARÃO, MANOEL. A Legenda e a História da Maçonaria – filosofia, simbolismo, lendas, mistérios eleusianos, os assênios, as cruzadas, os templários e a Lenda de Hiram. Madras, São Paulo, 2004
ASLAN, Nicolas, Estudos Sobre o Simbolismo. Ed. Aurora, Rio de Janeiro, 1978.
LAVAGNINI, Aldo. El Secreto Masonico, Ed. Galaxia, Buenos Aires, 1983
LAVAGNINI, Aldo. Em Maestro Mason, Ed Khier. Buenos Aires, 1980
KNIGHT, Christopher e LOMAS, Robert. A Máquina de Uriel – As antigas origens da Ciências. Madras, São Paulo, 2006
KNIGHT Christopher e LOMAS Robert. A CHAVE DE HIRAM - Faraós, Franco-Maçons e a Descoberta dos Manuscritos Secretos de Jesus
ROBERTO DE JESUS SANT´ANNA - M\M\
GOB/GOSP - R\E\A\A\


2 comentários:

  1. Parabéns pelo trabalho, meu IIr.'.! Muito interessante; O referenciei em uma peça menor, que enviarei ao ERACOMI em Ribeirão Preto. TFA!

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  2. muito bom meu irmao, bem explicativo
    TFA

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