Como é do
conhecimento de todos os Maçons preocupados em conhecer a Ordem, procuramos
entender a Maçonaria Especulativa como um sistema escudado na moral e composto
de símbolos, lendas e alegorias. E que no estudo de suas lendas o Maçom deve
buscar além do sentido moral dos fatos verem também o seu lado místico. O
entendimento dos símbolos apresentados é muito mais importante do que os fatos
históricos da narrativa.
A nossa instituição
precisa ser urgentemente restaurada no que diz respeito ao estudo místico dos
símbolos, lendas e alegorias, voltando as suas verdadeiras origens, pois seus
rituais atuais estão muito longe de representar em sua síntese filosófica a
antiga e tradicional Maçonaria Operativa.
Por esta razão ela
necessita receber algumas informações que com o passar dos tempos acabaram por
serem esquecidas ou propositalmente retiradas de seus rituais se afastando das
suas origens primárias.
A Maçonaria Operativa
trazia a verdadeira mensagem do Mistério do Fogo Sagrado, da Arte-Real e do
Amor Mágico, de uma forma simbólica e alegórica, de modo muito mais fiel e sem
deturpação da mensagem original.
A Lenda de
Hiram é um dos exemplos de um relato ao mesmo tempo simbólico e
alegórico que contém verdades e fatos da natureza humana, que requerem uma
chave exata para sua interpretação e compreensão, mesmo assim ela se manteve
através dos tempos como uma mensagem fiel dos segredos milenares.
A Lenda de
Hiram comporta a interpretação de um sentido cósmico, filosófico e
individual sendo uma tradição transmitida e interpretada, de boca ao ouvido a
um bom irmão, dentro do Templo interior (do seu coração) para auxiliar no
aperfeiçoamento do ser humano iniciado nos mistérios da Arte Real.
Além disto, ela
também estimula a imaginação do Mestre para em um segundo momento se converter
em motivo para a visualização das virtudes básicas que dirigem o comportamento
do homem iniciado, virtudes importantes que o conduzem ao desenvolvimento da
intuição, de forma a abrir as portas do Templo da Verdade que representa o
mundo interno de cada um de modo que possa contemplar a sua beleza.
O Templo a que me
refiro é aquele corpo humano puro, dominado, educado e guiado pela verdade e
pelas virtudes.
É um Templo místico
da imagem que representa o Universo e o ser humano ao mesmo tempo, contendo as
maravilhas da criação. Esta Lenda alegórica disfarça e oculta a Grande Verdade
da Iniciação Interna do Ser Humano em que todo Maçom poderá entendê-la pela
observação e estudo, da aspiração e da meditação.
A Lenda de
Hiram no Terceiro Grau tem a finalidade de preparar o Mestre Maçom
para se defrontar com Deus, com o Fogo Sagrado que representa a Divina
Kundalini, onde David, Rei de Israel (Personalidade - Chakra Básico), depois de
acumular bens materiais, prazeres sexuais da vida, imensos tesouros, se propôs
erguer um Templo ao Deus de Israel, mas pela vaidade e luxúria acabou por
desviar-se do caminho da virtude (em vez de praticar a Arte-Real, o Amor
Mágico, a Maithuna ou a Magia Sexual), passou a viver dentro de um ambiente
carnal e animal e sem a sublimação do amor, não divinizando da energia
primordial.
Com esta atitude,
faltou-lhe a proteção do Ser Supremo. Daí sua decisão em outorgar a missão da
construção a seu filho Salomão (Sol Man - Homem Solar) e este querendo fazer de
seu corpo um Templo digno para o Deus íntimo, solicitou a seu amigo Hiram Rei
de Tiro, na lenda representa a Consciência Elevada, o Sol Espiritual, que lhe
enviasse um competente mestre arquiteto do seu reino para dirigir a obra.
Assim foi que Hiram
rei de Tiro (o Poder), enviou Hiram-abib, ou Abiff (o Fazer - Mestre
Construtor, Super-consciência, Sol Espiritual no Ser Humano), grande perito e
com muita habilidade e conhecimentos da Arte da construção, que era filho de
uma viúva (a manifestação da Mãe natureza). Salomão, Hiram Rei de Tiro e Hiram
Abiff ou Abib representam na lenda alegórica as três virtudes teologais: Fé,
Esperança e Caridade.
A Loja Maçônica,
observadas as devidas proporções, representa o Templo de Salomão como sede do
respeito e veneração ao Supremo Arquiteto do Universo, que por sua vez pode ser
comparada ao corpo do homem místico que se estende do Norte ao Sul e do Oriente
ao Ocidente em correspondência aos quatro pontos cardeais, uma vez que o Ser
Humano é a unidade indivisível do Universo.
O Venerável (no
Oriente) representa cabeça que se expande aos mundos superiores, se converte em
sabedoria Espiritual, é o Salomão (o Saber), que constrói um Templo para a
Glória do Grande Arquiteto do Universo.
O baixo ventre (o
Ocidente) o lado direito (o Sul) e o lado esquerdo (o Norte) são representados
pelos Vigilantes os obreiros responsáveis pelo aprimoramento dos Aprendizes e
Companheiros.
Quando olhamos os
conceitos filosóficos da Maçonaria Operativa vemos que nossos antepassados
tinham por objetivo principal espiritualizar o ser humano e fazer dele um
super-homem, intelectual e espiritualmente, com completo domínio de si mesmo.
Extinguindo dele a ignorância, o medo e o egoísmo, afim de que ele preparado
chegasse a confrontar-se com o Fogo Sagrado (A “Sarça de Horeb”, aquela planta
mencionada no Êxodo “que ardia, mas não queimava”, pela da qual Deus
falou para Moises no monte Sinai (também conhecido como Monte Horeb ou Jebel
Musa, que significa “Monte de Moisés” em árabe está situado no sul da península
do Sinai, no Egito; esta região é considerada sagrada por três religiões:
cristianismo, judaísmo e islã). ouvindo e entendendo perfeitamente a voz
interior.
A divinização da
atividade sexual é a representação do Fogo Sagrado, que representa a força mais
poderosa da natureza, capaz de criar outro ser a sua semelhança. Sem a prática
do ato sexual entre os opostos não haveria geração, nem mundo, nem humanidade.
Para dirigir esta
construção foi designado como chefe dos trabalhadores (átomos, células e
moléculas) Hiram Abiff (o Sol Interno), o Mestre construtor que dividiu o
universo dos obreiros conforme suas capacidades (superiores, medianas e
inferiores), pois o Mestre Hiram era sábio, justo e benevolente.
Assim:
- os Aprendizes
trabalham no mundo inferior do ser humano (da parte do estômago para baixo –
baixo ventre),
- os Companheiros
trabalham no mundo mediano (Caixa torácica), e
- os Mestres também
são átomos, células e moléculas, mas que trabalham no mundo superior (cabeça).
Hiram (super-consciência) deu a cada um a forma de se manifestar através de
sinais, toques e palavras dando a cada um dos grupos a capacidade de
influenciar-se por meio dos 3 sentidos (visão, tato e audição).
Foram erguidas no
portal do Templo duas grandes colunas (duas pernas ou dois pólos: Positivo e
Negativo), onde os obreiros recebiam seus salários conforme o seu esforço e
trabalho dedicado a obra.
Os Aprendizes (átomos
construtores) recebiam os seus salários segundo a sua Fé (o seu bem-estar) na
coluna Passiva à Esquerda (que representa “IDA” a energia feminina negativa),
Os Companheiros
segundo a sua Esperança, na coluna Positiva à Direita (que é “PINGALA” a
energia masculina positiva)
Os Mestres
(representando os átomos superiores do cérebro) na Câmara do Meio ou lugar
secreto (o mundo interno, coração), segundo a sua caridade ou Amor, pois são
trabalhadores no mundo superior (a cabeça).
A construção do
Templo Íntimo segundo a lenda bíblica foi dirigida e executada sem nenhum ruído
e com sabedoria, ordem e exatidão, segundo as instruções recebidas pelo Mestre
Hiram (Consciência da Realidade ou Super-consciência).
Não houve nenhum
ruído porque na construção do Templo-Corpo não foi usado nenhum instrumento que
interrompesse o silêncio do mundo interno que dá origem a obra espiritual, pois
a energia primordial não faz barulho algum.
Para que a construção
do Templo Interno seja concluída com perfeição, são necessários sete anos, pois
a cada sete anos o corpo físico se transforma totalmente, desfazendo-se dos
seus átomos e células antigas formadas pelo desejo inferior.
As novas aspirações,
meditações e os bons pensamentos foram usados durante a construção, portanto
não houve chuva (nenhuma palavra, idéia ou obra negativa) para impedir o desenvolvimento
interior, porque o Templo-Corpo estava constantemente coberto. Da mesma forma
como o iniciado se afasta de tudo que pode perturbar o seu espírito, a
compreensão e da força de vontade devem ser suas metas primordiais para que
possa reinar a prosperidade, a perseverança e a paz durante a construção do
Templo.
Ao solicitar Salomão
(a Sabedoria) auxilio a Hiram, rei de Tiro (a Força) que lhe enviou o Mestre
arquiteto Hiram Abiff (a Beleza) foi possível dar início a construção do Templo
do Senhor que é em síntese a representação do corpo humano representando no seu
interior a Trindade Divina: o Poder (Pai) o Saber (Filho) e a Beleza o
(Espírito Santo), que nada mais é do que a vida em movimento.
Pelo poder, pelo
saber e pela beleza este Templo-Corpo foi erigido, no entanto, no mundo
inferior (órgãos sexuais) por ignorância e desconhecimento, acontecem certos
defeitos e vícios, onde os obreiros cometem certas indignidades.
Estes vícios
(companheiros do ser humano) ameaçam todas as conquistas e esforços espirituais.
A Ignorância é um deles que faz o ser humano acreditar que sabe tudo, não se
interessando por aprender mais, a Fraqueza elimina totalmente a fé do seu
íntimo, no Deus do seu coração e da sua compreensão e a Ambição que exige tudo
para si, expondo no fundo a realidade egoísta do ser humano.
Três companheiros
infiéis Jubelos, Jubela e Jubelum, após lhes ser negada a transmissão da
palavra sagrada que lhes concederia a elevação ao Grau de Mestre, com
instrumentos de trabalho, a régua, o esquadro e o malho, os obreiros rebeldes
se julgando os verdadeiros construtores e querem, a todo custo, serem ombreados
aos seus superiores, mesmo sem ainda terem atingido as condições de
proficiência necessária para isso, ferem o mestre sucessivamente na garganta, calando-lhe
a voz; no peito, ofendendo-lhe o coração e na cabeça destruindo-lhe a razão
Na lenda estes três
elementos defeituosos ou viciados são reconhecidos como os três companheiros
que assassinaram o Mestre íntimo a fim de conseguir, sem trabalho e sem merecimento
material e espiritual, a palavra sagrada e do salário atribuído ao Mestre. Da
mesma forma como o ser humano inferior pretende obrigar seu íntimo a
outorgar-lhe os poderes divinos, pela força e sem o devido merecimento.
Cada um dos
companheiros infiéis (os defeitos) estava armado cada um com uma ferramenta
simbólica representando:
- a IGNORÂNCIA
(Jubelos) com a régua de 24 polegadas atacou o lado direito Positivo, que
representa o dia de 24 horas, e nunca são realmente aproveitadas, porque a ignorância
sempre tenta obstaculizar a obra divina interna,
- o FANATISMO
(Jubelas) que o atacou com o esquadro o coração que é a intuição Divina (a
forma material - conhecimento intelectual sem o compasso), matando nele o amor
e a tolerância.
- (a AMBIÇÃO (Jubelum)
mal dominada e dirigida) com o malhete golpeou a cabeça do Mestre de modo a
aniquilar toda sabedoria interna do ser humano.
Depois disso os três
assassinos tentam relegar o fato criminoso ao esquecimento para isso
“sepultaram o cadáver do Mestre Hiram” em lugar incerto.
Neste simbolismo a
lenda maçônica tenta nos ensinar que o Mestre Hiram Abiff é o Maçom “Filho da
Luz”, que também representa o Sol, o qual percorre em sua caminhada os doze
signos do zodíaco. No equinócio da primavera, o sol deixa o feminino, signo de
PEIXES para entrar no signo de ÁRIES onde exalta o seu pode regenerando a
natureza. Os três meses de inverno são também os três companheiros que matam e
sepultam o Sol nas trevas e no frio, mas os nove meses seguintes representam os
nove Mestres que foram procurá-lo, conforme narra a lenda, para que ele
voltasse a brilhar no mundo físico.
Hiram Abiff é o
Mestre Interno, representa o Eu interior que esta sempre trabalhando para o bem
estar do ser humano, por seu desenvolvimento moral, mental e espiritual, mas
que é constantemente atacado pelos três defeitos mais comuns da humanidade
(IGNORANCIA, FANATISMO e AMBIÇÃO), porque a todo o momento degradamos algo que
era sublime: a ambição egoísta representado pelo sincero desejo de progredir,
foi inferiorizada pelo intelecto; o amor próprio transformou-se em fanatismo e
pornografia e por ignorância e ambição o ser humano acabou perdendo a fé e
infelizmente o medo assumiu o controle condicionando ainda mais a sua mente.
Pela falta de
conhecimento das qualidades morais e espirituais que deveriam ser parte da
formação integral do homem limpo e puro passa a ser responsabilidade da
ignorância. O fanatismo que é o acompanhante inseparável do ignorante faz com
que ele tome como verdades dogmas lhe foram passadas sem que as analise e
conclua serem verdades ou imposições.
Hiram a representação
do Mestre interno (Eu Superior) também é a consciência, a personalidade (o Eu
Individual) também é à vontade, o intelecto ou inteligência, que estão
representadas nas partes atingidas pelos três companheiros (os vícios) que
matam o ser humano (o Eu Superior).
O importante é que o
Maçom medite sobre o real significado interno e individual desta lenda, a qual
ensina que Hiram representa o Eu superior, o Espírito Divino, o Sol dentro do
corpo do ser humano e se encontra ameaçado, através da mente objetiva, pela
ambição, pela ignorância e pelo fanatismo que impedem o progresso dentro da
evolução.
O Ser humano é
obrigado a construir e dirigir sua vontade para o Templo interno para o Deus
vivo com sabedoria, poder e Amor.
O drama da “morte” de
Hiram (o adormecimento do Eu Superior) representa uma morte aparente, (pois o
Eu Superior jamais morre) acontece porque os nossos pensamentos paixões e ações
baixas matam dentro de nós, a voz do silêncio e da consciência íntima, o nosso
único guia confiável que nos indica a todo o instante o reto viver, cujo ideal
elevado direciona a nossa vida a um ideal superior, divinizando o ser humano.
Por não ouvirmos o Eu
íntimo (o Mestre Interno), sucumbimos e nos entregamos aos vícios e as paixões
e com isto nosso trabalho de construção do Templo (de evolução espiritual)
ficam suspensos devido à perda do nosso guia (o Eu Superior).
Os três assassinos
(os três meses de inverno) são a ignorância que deseja assumir o lugar da
verdade e converte a atividade em fanatismo. O fanatismo busca todas as
honrarias, e a ambição quer usurpar toda a autoridade do Mestre Hiram (o
princípio da luz).
Estes três
companheiros e inimigos do ser humano tentam apoderar-se da palavra do poder
que somente se consegue através de muito trabalho, esforço e evolução
individual. Seus golpes somente danificam a sua forma exterior uma vez que o
Mestre Hiram (o Eu superior) nunca pode morrer. Com o poder da vontade o ser
humano poderá dominar os três companheiros, através dos três Mestres, ou
atributos superiores (o saber, a fé e o amor) que foram procurar Hiram e o
ressuscitaram (é o domínio do espírito sobre a matéria), porque a evolução
sempre segue a involução.
Se observarmos atentamente
em todas as Lojas Maçônicas encontraremos uma corda com 12 nós, que representa
as 12 faculdades do espírito e que representam também os Mestres que foram
procurar os assassinos (eliminando do corpo os três vícios).
Os nove companheiros
que se apresentaram de luvas brancas (a Percepção, o Juízo, o Altruísmo, o
Conhecimento, a Associação, a Memória, a Vontade, a Ordem e o Acerto) que
auxiliaram a levantar o Mestre Hiram, (o Eu íntimo, o Eu Superior, o Sol
Interno, o Espírito Divino dentro de nos) ressuscitando-o, porque foram eles
que exaltaram a Luz Interior, que havia sido sepultada. Quer dizer que o corpo
é o Templo do Deus vivo e Deus pode se manifestar neste corpo através da alma,
o qual representa o Fogo Sagrado, a Mãe Kundalini, a Luz no Sexo Divinizado,
sempre na sua presença tirando a venda dos olhos dos iniciados para que possam
enxergar a Divina Verdade que poderá ressuscitá-lo e imortalizá-lo.
Conforme o ritual
maçônico a Fé é a palavra do grau de Aprendiz, a Esperança é a do grau de
Companheiro e o Amor ou Caridade é a palavra do grau de Mestre, mas conforme a
lenda os dois Mestres (Fé e a Esperança) não conseguiram encontrar o cadáver do
Mestre Hiram, somente o terceiro Mestre (o Amor) pode finalmente encontrá-lo,
pois o amor Mágico é que pode realizar este milagre da ressurreição e da
imortalidade, com ele poderemos nos regenerar depois de vencer o egoísmo, o
amor jamais poderá conviver com estes vícios que tentam matar a Fé, a Esperança
e a Caridade que são inerentes ao ser humano. Somente o amor Mágico, a
Arte-Real poderá nos ressuscitar da morte aparente para a vida verdadeira.
A palavra sagrada
perdida é sem dúvida a essência da Fé, da Esperança e da Caridade que
representam o amor Mágico, por outro lado a construção do Templo de Salomão é
uma maneira velada de informar a cada ser humano que ele deverá dedicar-se a
esta obra, que é o seu próprio corpo - o Templo do Deus Vivo. O candidato na iniciação
maçônica (cândido no ato, puro no momento de iniciar uma ação) representa o
próprio Mestre Hiram que tem que subir os 33 degraus da escada de Jacó (as 33
vértebras da coluna vertebral), ou os 33 graus do Rito Escocês Antigo e aceito
da Maçonaria Especulativa.
Simbolicamente quando
o Sol chega ao equinócio do outono, os seus raios desvanecem e seus poderes são
reduzidos. Então ele morre: Hiram é simbolicamente, assassinado, assim também
se o homem não tem o Fogo Sexual (a energia interior), não pode gerar, não pode
regenerar-se nem regenerar, sem poder transformar a energia primordial em chama
Divina, seu altar íntimo ele definha e morre. A Maçonaria Operativa ensinava
esotericamente o despertar e o desenvolvimento da Kundalini, a Serpente de Fogo
que está dentro de cada ser humano para regenerá-lo, por meio da Arte Real, do
amor Mágico, da Maithuna ou da Magia Sexual.
Mas existe uma
advertência a todos os iniciados: - Esta energia sexual que lhe foi dada para
sua salvação, este Fogo Sagrado que tem o poder para divinizar o ser humano
elevando-o às dimensões superiores (“Céu”, “Nirvana”, “Astral Superior”, etc.),
se for mal dirigida poderá aniquilá-lo, destruindo sua alma e levando-o a morte
(“inferno”, ”Astral Malévolo”, etc.). Por isso que o sexo apesar de ser a
Árvore da Vida, o homem que não soube usá-la morreu, porque a mensagem Sagrada
diz que existe “a árvore da vida e da morte”.
Portanto está na
prática do livre arbítrio escolher como utilizar esta sublime energia, que é o
maior poder de Deus outorgado ao homem, indicando-lhe o caminho da iluminação.
Fugir do sexo é tão prejudicial como buscar nele somente prazer, pois o prazer
sexual sem a pureza é incompleto.
Todo este
conhecimento, na antiguidade, foi velado e transformado em lenda pelo simbolismo
porque a humanidade estava corrompendo os puros sentimentos à adoração e
degradação do sexo.
CONCLUSÃO
O Significado da
Lenda do Mestre Hiram
Da Mesma forma como os cristãos
comparam o corpo de Cristo ao Templo de Jerusalém, que seria destruído e reconstruído
ao final de três dias, também o psiquismo do iniciado precisa ser destruído e
recomposto para que pudesse ressurgir como uma consciência renovada.
A morte violenta do
Mestre Hiram é imprescindível como necessidade ritualística para que o processo
regenerativo possa ser partilhado por toda a comunidade.
É neste sentido o
Templo de Salomão em sua construção, destruição e reconstituição simbólica deve
ser entendido como sendo à semelhança do espírito do Mestre Maçom, que é
regenerado pela elevação, a partir dessa integração psíquica com o espírito do
mestre imolado.
O novo homem que
emerge desta construção alquímica resulta um ser regenerado, onde todos os
vícios foram expurgados e pronto para participar de uma nova nação de eleitos
unidos pelos vínculos das virtudes, das ciências constituindo-se em uma nova
utopia, a ser vivenciada social e espiritualmente
OBRAS CONSULTADAS
ANATALINO, João.
Conhecendo a Arte Real – A Maçonaria e suas Influências históricas e
filosóficas Madras, São Paulo, 2006
ARÃO, MANOEL. A
Legenda e a História da Maçonaria – filosofia, simbolismo, lendas, mistérios
eleusianos, os assênios, as cruzadas, os templários e a Lenda de Hiram. Madras,
São Paulo, 2004
ASLAN, Nicolas,
Estudos Sobre o Simbolismo. Ed. Aurora, Rio de Janeiro, 1978.
LAVAGNINI, Aldo. El
Secreto Masonico, Ed. Galaxia, Buenos Aires, 1983
LAVAGNINI, Aldo. Em
Maestro Mason, Ed Khier. Buenos Aires, 1980
KNIGHT, Christopher e LOMAS, Robert. A Máquina de Uriel – As antigas origens
da Ciências. Madras, São Paulo, 2006
KNIGHT Christopher e
LOMAS Robert. A CHAVE DE HIRAM - Faraós, Franco-Maçons e a Descoberta dos
Manuscritos Secretos de Jesus
ROBERTO DE JESUS SANT´ANNA - M\M\
GOB/GOSP - R\E\A\A\
Parabéns pelo trabalho, meu IIr.'.! Muito interessante; O referenciei em uma peça menor, que enviarei ao ERACOMI em Ribeirão Preto. TFA!
ResponderExcluirmuito bom meu irmao, bem explicativo
ResponderExcluirTFA