Se é difícil, conhecer, por falta de
"documentos”, um pouco da Maçonaria operativa, a dificuldade é ainda maior
com referência ao período que vai do fim da Idade Média a 1717, data da fusão
de quatro lojas inglesas e, por isso mesmo, da constituição da Grande Loja de
Londres.
Sabemos que, numa época relativamente
recente (fim do século XV), não profissionais foram aceitos nas lojas de maçons
operativos.
Seria muito instrutivo ter uma data um
pouco mais precisa, o que permitiria ver por que foi permitida essa aceitação
de uma pessoa estranha ao ofício, podendo o contexto histórico esclarecer essa
transformação. Não se poderia ver nisso uma certa decadência, até mesmo uma
queda no sentido em que, no tempo de Constantino, a Igreja Católica passou da
forma esotérica à forma do esoterismo, sem que por isso, tanto num caso como no
outro, tenha havido uma perda do depósito tradicional iniciático.
Uma tese das mais correntes entre os
Franco-Maçons é de que a Maçonaria operativa teria entreaberto as portas das
lojas a "proscritos religiosos", vítimas ao, mesmo tempo dos braços
seculares e eclesiásticos, tais como os templários, os rosa-cruzes, os cátaros,
os vaudois, etc. Achamos que existe uma confusão nascida da concepção errônea
que faz da Franco-Maçonaria uma associação franca, isto é, provida de certas
liberdades, quando então, como já demonstramos mais acima, a expressão pedreiro
livre é ligada ao ofício de talhadores de pedra e por isso mesmo a uma
realização espiritual operada em função do "corte" operativo da pedra.
Que certos membros das citadas organizações tenham sido aceitos nas lojas, é
muito provável, embora nenhum texto venha corroborar esta asserção. A questão
principal é, na realidade, muito importante, pois mostraria, se pudesse ser
autenticamente provada, a filiação existente entre certos graus superiores do
Escocismo, o 18º e o 30º graus entre
outros, com os rosa-cruzes e os templários. Somos de parecer que certas pessoas
foram simplesmente agregadas às lojas em função mesmo de seu ofício profano (os
médicos, por exemplo), ou de sua função sacerdotal (papel de capelão). Achamos
que outros se fizeram iniciar em vista de sua própria realização espiritual,
numa época, a da pretensa Renascença, em que, com exceção da Maçonaria, as
iniciações artesanais, que conduziam aos pequenos mistérios, desapareciam umas
depois das outras. Não é menos verdade que jamais saberemos por que a Maçonaria
antiga aceitou profanos no ofício de pedreiro.
Goblet d'Alviella nos diz; "...
esses membros honorários, chamados também de especulativos teóricos,
geomânticos, em oposição aos maçons profissionais, práticos, dogmáticos (domatics), foram no início
proprietários de terra, clérigos, funcionários, grandes senhores, cujo
patrocínio podia servir aos interesses da corporação". É o inverso do que
dizíamos mais acima. São os Maçons, os próprios Maçons que chamam para junto de
si personagens importantes para com eles se protegerem. Essa teoria, embora não
seja totalmente absurda, nos parece demasiadamente "moderna" e se identifica
com a idéia que um maçom do início deste século poderia fazer ao pensar na
Maçonaria imperial protegida pelo Marechal Magnan, imposto à Ordem por Napoleão
III e em seguida "aceito" pela própria Ordem. Prossegue Goblet
d'Alviella: "A partir do segundo terço do século XVII, vemos juntarem-se
(aos Maçons), em quantidade cada vez maior, letrados, naturalistas, médicos,
professores, arqueólogos".Trata-se, naturalmente, do que se passa na
Inglaterra. A primeira anotação segura de um maçom aceito é a de John Boswell,
de Auchinleck, cuja assinatura figura no processo verbal da Loja de Edimburgo,
no dia 18 de junho de 1600; na Inglaterra, trata-se de Robert Moray, iniciado
no dia 20 de maio de 1641, em Newcastle, "pelos membros desta mesma Loja
de Edimburgo, que ali se achava com o exército escocês".
O problema de Elias Ashmole e dos
rosa-cruzes
Elias Ashmole
foi o célebre arqueólogo e físico inglês do século XVII, que "fundou em
Oxford um museu que traz o seu nome".
O diário desse sábio nos oferece com
precisão a data de sua admissão na Ordem Maçônica: 4h 30min da tarde do dia 16
de outubro de 1646. "Tornei-me franco-maçom em Warrington, no Lanchashire,
com o Coronel Henri Mainwaring, de Karichan, no Cheshire". E mais tarde
ele observa ainda em seu diário: "10 de março de 1682. Por volta das 5
horas da tarde, recebo uma convocação para me apresentar a uma Loja que deve
reunir-se no dia seguinte em Mason's Hall, em Londres. Consequentemente
compareci à reunião e, por volta do meio-dia, foram admitidos na Fraternidade
dos Maçons Sir William Wilson, cavaleiro, o Capitão Rich. Bortwick,
M. Will Woodman, M. Wim-Grey, M. Samuel Taylour e M. William Wise. Eu era o decano dos Companheiros
presentes (pois já faz trinta anos que fui admitido). Estavam presentes ao meu
lado os Companheiros a seguir relacionados: M. Tho Wise, Mestre da Companhia
dos Maçons para o ano corrente, M.Thomas Shorthose, M. William Hamon, M. John
Thompson e M. William Stanton. Fomos todos almoçar na taverna da Meia-Lua em
Cheapside, reunidos num banquete solene, cujas despesas correram por conta dos
novos Maçons aceitos".
Esse texto é importante por mais de
uma razão. Inicialmente, refuta a asserção dos historiadores maçons que, por
falta de referências aos textos, pretendem que Ashmole tenha sido um maçom pouco
assíduo. Ora, vemos que recebeu uma convocação para uma reunião da Loja no dia
11 de março de 1682; é pouco provável que lhe tivessem enviado essa convocação,
se comparecesse de uma maneira irregular a essas reuniões. Por outro lado, ele
mesmo nos diz que era o decano dos Companheiros presentes, o que prova que
conhecia perfeitamente os Irmãos que compunham a Loja e também que até então
não havia senão Companheiros, o que desmente a asserção citada mais acima, de
Daruty, segundo o qual o grau de Mestre foi instituído em 1650, após a morte de
Carlos I (1649). Não se compreende, a ser verdade o que diz Raruty, por que um
homem tão ilustre como Ashmole e, sobretudo tão antigo maçom não trouxesse o
título de Mestre em 1682, após trinta e cinco anos de Maçonaria. Cabe ainda
observar que "entre os companheiros recentemente recebidos, de que fala
Ashmole, encontrava-se um baronete, Sir William Wilson e um oficial, o Capitão
Richard Borthwick. É, portanto, evidente que os não-profissionais, como o
próprio Ashmole, eram admitidos de imediato como Fellows e que não havia, no caso deles, a questão de um grau
anterior. Mais ainda: os quatro outros membros recebidos na presença de Ashmole
eram pessoas do ofício, que já figuravam anteriormente na qualidade de Mestres nos registros da Companhia dos Maçons. Como
explicar? Ali estão Mestres que são, em
seguida, promovidos a Companheiros". A admiração de Goblet d'Alviella,
cujo texto acabamos de citar, é bastante ingênua. É evidente que os Mestres do
Ofício que acabam de ser iniciados na Loja de Ashmole - estamos no século XVII
- traziam um título corporativo provavelmente comprado a peso de ouro e por
mais perfeitos pedreiros corporados que fossem, não tinham ainda recebido a
iniciação que fazia deles verdadeiros operativos.
Esta confusão entre "operatismo" e "corporatismo" é
muito frequente entre os historiadores maçons.
Além disso, uma tradição muito sólida
quer que Elias Ashmole tenha sido rosa-cruz e que foi por seu intermédio que a
corrente rosa-cruz se introduziu na Maçonaria, o que justificaria a transmissão
regular e, por isso mesmo, o valor iniciático do 18° grau da Franco-Maçonaria
atual. Lionel Vibert, com muito bom senso, pode escrever sobre esse assunto:
"Mas falta a prova histórica no que diz respeito à menor relação entre as
duas organizações (os rosa-cruzes e a Maçonaria); não basta o fato de Ashmole
e, outros terem sido, no século XVII e depois, ao mesmo tempo maçons e
rosa-cruzes". H. F. Marcy, num certo sentido, tem também razão de
ridicularizar a ousada afirmação de Gould, segundo a qual os rosa-cruzes teriam
sido "o último elo de uma cadeia invisível ligando a Franco-Maçonaria
nascente a uma escola científica qualquer da antiguidade, escola que, na
atualidade, teria quase completamente caído no esquecimento A questão dos
rosa-cruzes põe problemas graves que parecem ter sido complicados à vontade.
Se existiu uma Fraternidade dos
rosa-cruzes no começo do século XVII, é dessa organização exterior que nasce a
lenda de Christian Rosenkreutz; não serviu senão de salvaguarda para os
escritos de Voalentin Andreae, autor de Noces
chymiques de Ohristian Rosenkreutz.
Em 1623, foram afixados em Paris
cartazes que se diziam dos "Irmãos da Rosa-Cruz, que, visíveis ou
invisíveis, estavam na cidade e ensinavam todas as ciências", o que de
longe tem o cheiro da mistificação. Do mesmo modo, um pouco mais tarde, em
1628, encontra-se em Londres "uma comunicação misteriosa... em nome do
embaixador do Presidente da Sociedade dos Rosa-Cruzes (que) prometia ao Rei
Carlos I depositar no tesouro real até três milhões de libras esterlinas,
ensinar-lhe o meio de suprimir o Papa, de expandir a religião anglicana em toda
a Cristandade e de converter os judeus e os turcos à religião cristã".
Esse texto tem, pelo menos, o mérito de sublinhar que aqueles que se diziam
rosa-cruzes eram oriundos de um movimento de reformados e convém lembrar, a
propósito, que o selo de Lutero era formado por uma cruz ornada com uma rosa.
Na realidade, esses personagens misteriosos não eram senão rosacrucianos (Leibnitz
era um deles) e não rosa-cruzes. Essa distinção se prende a algo inteiramente
diferente, "o termo Rosa-Cruz é ... a designação de um grau efetivo
iniciático... a perfeição do estado humano, pois o próprio símbolo da Rosa-Cruz
representa, pelos dois elementos de que é composto, a reintegração do ser no
centro desse estado e a plena expansão de suas possibilidades individuais a
partir desse centro; marca, portanto, Com exatidão, a restauração do 'estado
primordial' ou, o que vem a ser a mesma coisa, o acabamento da iniciação nos
'pequenos mistérios' ". O que equivale, portanto, exatamente à realização
espiritual própria da Maçonaria azul e não corresponde de modo algum a um grau
maçônico de qualquer perfeição. Por outro lado, é compreensível que seria
inútil a um grupo de pessoas ou mesmo a um indivíduo qualquer pretender-se
rosa-cruz, pois se trata de um estado individual com tendência à
"personalização" dessa individualidade. Mas, a confusão entre
rosa-cruz e rosacrucianos é total na maioria dos casos. Assim, no século XIX,
parece que Balzac, martinista, talvez franco-maçom, tivesse, sido um
rosacruciano. Pode-se dizer rosacruciano, mas não rosa-cruz.
Aqueles
que se apresentam como tal pertencem à primeira categoria e são "adeptos
das ciências secretas: alquimia, astrologia, magnetismo, comércio com os
espíritos, o que não ocorre sem misticismo e iluminismo. H. F. Marcy concluiu,
com razão, que foram essas pessoas que provocaram "o aparecimento dos
primeiros escritos satíricos de Andreae, que se reúnem sob o nome de manifestos
rosacrucianos", aos quais já nos referimos anteriormente.
A formação da Grande Loja de Londres
Não se saberá jamais ao certo por que
a Grande Loja de Londres foi criada em 1717. Sobre o assunto, escreve H. F.
Marcy: "Cada oficina interpreta à sua maneira as Velhas Constituições (Old Charges) e entre as maneiras de
proceder às iniciações, às reuniões, existe uma diversidade que, com o tempo e
a longo prazo, pode destruir a unidade moral que permanece como o único vínculo
entre os maçons aceitos. A confusão aumenta todos os dias e a velha instituição
ameaça falir sem esperança de recuperação. Nesse país tão tradicionalista que é
a Inglaterra, as Lojas se tornam cada vez mais 'ocasionais', deixam-se
dispersar e se perderem seus arquivos, chega-se ao ponto de não se celebrar
mais a festa anual de São João do Inverno, de não se realizar mais o banquete
prescrito pelas 'velhas constituições' ". Marius Lepage, não sem fineza,
observou com precisão o clima de incerteza econômica, social e política
existente no começo da Grande Loja. Escreve Anderson "O Rei Jorge I chegou
a Londres no dia 20 de setembro de 1714. Algumas lojas de Londres, desejosas de
um ativo protetor, em face da incapacidade de Sir Christopher Wren (pois o novo
rei não era franco-maçom e, além disso, não conhecia a língua do país), acharam
por bem cimentar, sob um novo e grande mestre, o centro de união e de harmonia.
Com esse objetivo, as lojas:
N° 1 - No Ganso Grelhado, na Praça da
Catedral de São Paulo, Nº 2 - No Coroa, na Avenida Parker, perto da Avenida
Drury,
Nº 3 - Na Taberna da Macieira, na
Charles Street, Covent-Garden,
Nº 4 - Na Taberna Caneca de Vinho, na
Channel-Row, Westminster, reuniram-se com alguns outros antigos irmãos no dito
Macieira e, tendo dado a presidência ao mais velho mestre maçom, mestre de uma
loja, constituíram-se numa grande loja, par
interim na devida forma. “Resolveram restaurar a comunicação trimestral dos
oficiais das lojas, reunir-se em assembléia nas festas anuais e escolher então
entre eles um grão-mestre, na expectativa de terem a honra de ter à sua frente
um irmão nobre”. Anderson acrescenta que no dia de São João Batista realizou-se
uma assembléia de maçons "francos e aceitos" na Taberna do Ganso
Grelhado, "na Praça da Catedral de São Paulo" e que estes (sic) elegeram com a mão levantada o
"nobre Anthony Sayer para Grão-Mestre dos Maçons, o qual imediatamente
investido nos adornos de seu ofício pelo mestre mais antigo, e instalado, foi
felicitado pela assembléia, que lhe rendeu homenagem". Esse texto muito
importante de Anderson mostra que Christopher Wren tinha uma função nas lojas
antes de 1717. Ora, sabemos, segundo Aubrey, que na segunda-feira, 18 de maio
de 1691, ocorreu uma reunião da loja em São Paulo e que Christopher Wren foi na
ocasião "adotado como Irmão, e Sir Henry Goodric, da Torre, e diversos
outros". Mas L. Vibert desmente que Wren tenha tido qualquer função e
assegura que a afirmação de Anderson "não tem a mínima base
documental". A partir, de 1717, a Maçonaria se dá então uma estrutura
escrita e M. Lepage declara melancolicamente: "No meu parecer, a partir
desse dia nefasto data o declínio da Maçonaria autenticamente tradicional. Ao
se dar chefes e regulamentos gerais, os Maçons da época rejeitaram a mais bela
idéia maçônica, isto é, "o Maçom livre, na loja livre.E B Jones:
"...a nova Grande Loja viveu tranquilamente durante três anos. Em seguida,
ela conheceu uma grande atividade, durante a qual as quatro lojas primitivas
aumentaram em número até se tornarem sessenta e quatro, se se der crédito a uma
lista registrada em 1725.
Dessas sessenta e quatro, cinquenta
estavam em Londres (as outras no interior). . . ". Não é nosso propósito,
como já o dissemos no Prefácio, acompanhar o desenvolvimento das lojas inglesas
no século XVIII, do mesmo modo que o desenvolvimento das Lojas na França
durante o mesmo período. É suficiente dizer, em função dos documentos ingleses,
que uma loja se reunia em Paris (em 1725 ), na Rua de la Boucherie, na casa de
Hure, dono de uma estalagem.
Em 1735, havia sete lojas em Paris e
existiam algumas no interior. É nessa época que as lojas de Paris exigem da
Grande Loja da Inglaterra o direito de formar uma Grande Loja provincial. Isto
só é concedido em 1743 e resultou na constituição da Grande Loja inglesa da França. Diz M. Lepage: "A administração
é de tal ordem medíocre, e, convém dizer, as Lojas se negam a se submeter a
toda ingerência estrangeira, direta ou indireta, que essa Grande Loja
declara-se independente em 1755, para assumir o título de Grande Loja da França", Mas nos antecipamos um pouco,
tornando-se agora necessário apresentar os três personagens que marcaram
profundamente o nascimento e o primeiro desenvolvimento da Maçonaria moderna ou
especulativa: Anderson, Désaguliers e o cavaleiro Ramsay
A
Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática.
Jean
Palou.
Editora
Pensamento.
Fraternalmente,
Virgilio
Pinto Neto.
Isto é muito interessante. Na
realidade, os geomânticos são os praticantes de uma espécie de adivinhação que
se opera "ora traçando sobre a terra linhas e círculos, sobre os quais se
acredita poder adivinhar o que se pretende saber, ora traçando ao acaso, no
chão ou no papel, vários pontos sem observar qualquer ordem; as figuras
formadas pelo acaso constituem a base de um julgamento sobre o futuro".
(J. COLIN DE PLANCY, Dict. infernal, Paris,
1844, 3ª, p. 240, coluna 1.) A aceitação dos geomânticos na Maçonaria mostra,
já naquela época, uma confusão entre esse método de adivinhação e o método dos cinco pontos da Maçonaria
operativa para realizar Uma construção, que "consistia em fixar
inicialmente os quatro ângulos, onde deviam ser colocadas as quatro primeiras
pedras, depois o centro, isto é, a base, que era normalmente quadrada ou
retangular, o ponto de encontro de suas diagonais; esses piquetes que marcavam
os cinco pontos eram chamados Iandmarks e
está ai sem dúvida o sentido primeiro e original desse termo maçônico".
(R. GUÉNON, Symboles fondamentaux de
Ia science sacrée, Paris, 1962, p.
295, nota 1.) Por esse exemplo, vê-se claramente o que separa os verdadeiros
operativos dos maçons aceitos. Convém notar que os Cinco pontos da Mestria são, na Maçonaria especulativa,
aplicados a um simbolismo corporal, representando o homem o próprio edifício
(grau de Mestre).
Sobre
a geomancia, ver E. CASLONT, TraiJé
élémentaire de géomancie, Paris,
1935.
(2)
GOBLET D'ALVIELLA, Des origines du grade
de Manre dans Ia
Frane-Maçonnerie, Bruxelas, 1907, p. 17.
(3) Lionel VIBERT, La Frane-Maçonnerie avant l'existenee des Grandes
Loges, Paris, 1950; p. 81.
Escreveu E. ASHMOLE: Faseieulus Chemieus of Chymieal Colleetions
expressing
the Ingress, Progress and Egres:; of the seeret Hermetie scienee and
of
the choieest and most famous authors, Londres, 1650;
Theatrum Chemieum
Britannieum,
Londres, 1652; The Way to Bliss, Londres,
1658; Diary and Will,
ed. R. T. GUNTHER, Oxford, 1927.
Sobre
Ashmole ver entre outras obras: D. WRIGHT,Elias
Ashmole: archaelogist,
astrologer,
historian, rosicrueian and freemason, Londres, 1924;
Lionel
VIBERT, op. cit., p. 111-112; H. F. MARCY, Essai, t. I, p. 53-56 e t. lI,
p.
72-88; GOBLET d'ALVIELLA, op. cit., p. 17-19.
H.
F. MARCY,t. I, p. 53.
Citado
por H. F. MARCY, Essai, t. I, p. 53 e p. 55.
DARUTY, op. eit., p. 16.
GOBLET Ú'ALVIELLA, op. cit., p. 18-19.
Cf. R. GUÉNON. Aperçus sus l'initiation, Paris, 1953,
2: ed., p. 192-197
Lione1 VIBERT, QP. cit., p. 112,
GOULD, Histoire abrégée, p.100. Cf. H.F. MARCY,Bssai, t lI, p. 73.
Ver sobre os Rosa-Cruzes: R.
AMBELAIN" Templiers et Rose-Croix,
Paris, 1955; P. ARNOLD, Histoire des
Rose-Croix, Paris, 1953 (cf. parecer crítico de M. LEPAGE, "La Rose
Crucifiée", em Le Symbolisme, n.O5,
327, maio/junho de 1956, p. 301-310); F. HARTMANN, The secret Symbols of the Rosicrucians, Boston, 1888; W. E.
PEUCKERT,. Die Rosenkreutzer, Iena,
1928; H. SCHICK, Das altere
Rozenkreutzertum, Berlirn, 1942; Willy
SCHRODTER, Geschichte und Lehre der
Rosenkreutzer, Villach, 1956; F. WITTEMANS, Histoire des Rose-Croix, Paris, 1925; Frantz HARTMANN, Au seuil du sanctuaire, Paris, 1920;
Ubaldo TRIACA, Le livre du Rose-Croix, 1950
(cf. parecer muito crítico de M. LEPAGE, "Faits et légendes", em LI! Symbolisme, setembro/utubro de 1958, n.O341, p.
5-18). As páginas de H. F. MARCY sobre o assunto (Essai,t. Il,p.' 72'88) não são desprovidas de interesse no plano
histórico, más o fundo do problema não chegou a ser mesmo entrevisto. O pequeno
livro de Serge RUTIN, HistQire des
Rose-Çroix, Paris, 1962, 2." ed., será útil pelo menos quanto à
abundante bibliografia: crítica. O livro de Sédir continua sempre importante e
pode dispensar a leitura das outras obras; Enfim, recomendamos sobretudo a
proveitosa leitura das páginas tão profundas de R. GUÉNON em Aperçus sur l'initiation, Paris,
2." ed., 1953, p. 241.243, que, ao contrário da maioria dos autores,
estabelece as diferenças existentes entre Rosa-Cruzese Rosa-crucianos. No plano
literário, ver o capítulo, não destituído de interesse,. embora tratando de um
assunto particular, da tese recente de Louis GUINEI, Zacharias Werner et I'ésotérisme açonnique, La Haye, Mouton et Co:,
1962, p. 130-158 (Franc-Maçonnerie et Alchirnie). O número especial da revista.
Le Voile d'Isis (Paris, Chacornac,
32º année, agosto/setembro de 1927) continua sendo muito importante com relação
ao problema dos Rosa-Cruzes.
H.
F. MARCY, Essai, t. n, p. 83, segundo
GOULD, Histoire abrégée, p. 84.
R. GUÉNON, Aperçus sur l'initiation, op. cit., p. 242.
L..
César MOREAU, La Franc-Maçonnerie..., etc.,
Paris, 1855, cita
Balzac
entre os Maçons célebres de seu tempo (p. 13 nota 1) e apresenta mesmo
"Soldados
franceses, bravos guerreiros
Sede
maçons em vossa ronda,
No
campo, na terra e no mar,
Por
toda parte criai oficinas:
O
número de bons operários
Pode
trazer a paz ao mundo".
Versos
medíocres mais ou menos comparáveis aos apresentados por Balzac em Illusions perdues.
Jean
PALOU, "L'ésotérisme de Balzac", em Bulletin de Ia société des amis de Balzac, 1953.
H.
F. MARCY, Essai, t. 11, p. 87.
H.
F. MARCY, Essai, t. I, p. 63.
M.
LEPAGE, L’Ordre et les obédiences, p.
42-43.
ANDERSON,
Constitutions de 'la confrérie des Francs
et Acceptés Maçons, éd. M. Paillard, IV parte, p. 14-15.
A
Taberna do Ganso Grelhado existia ainda em 1897, "uma escada em caracol,
muito estreita, conduzia ao primeiro andar onde se encontrava uma sala de
refeição de dimensões bastante amplas. Foi nessa sala, sem dúvida, que se
realizou a reunião dos fundadores da Grande Loja" (Descrição de Roos
ROBERTSON dada por L. DALTROFF,"La Taverne à l'Oie et au Gril, em L’Acacia, nº 29, maio de 1926, p. 477).
Lê-se em Catéchismedes Maitres (Recueil
précieux de la Maçonnerie adonhiramite, A Philadelphie, chez Philarethe, rue de
l'Equerre, à l'Aplomb, 1787, p. 84): "Como ali chegastes (à sala do meio).
- Por uma escada feita em forma de parafuso, que sobe por três, cinco e
sete".
Citado
por L. VIBERT,op. cit., p. 143.
L. VIBERT,op. cit., p. 143.
M.LEPAGE,VOrdreet les obédiences, p. 45.
B.
]ONES, Freemason's guide, p. 172,
citado por M. LEPAGE, op.
cit., p. 47.
Essas
lojas são: São Tomás, nº 1 renovada no dia 3 de abril de 1732, 12 de junho de
1726; loja de Coastown (Goustaud), 12 de junho de 1726; São Luís de Prata,
chamada São Tomás II (Lebreton), 7 de maio de 1729; São Martinho (Peny père), 7
de maio de 1729; as Artes Santa Margarida, 15 de dezembro de 1729; São
Pedro-São Paulo (Puisieux), 15 de dezembro de 1729; loja de Bussy (Aumont), 15
de dezembro de 1735. Os nomes próprios são os dos veneráveis que presidem a
essas lojas (conforme G. BORD, op. cit., p.
155 e id.,
Sobre
a evolução das Lojas tanto na Inglaterra como na França, consultem-se com
proveito: H. F. MARCY,Essai,t. I, pp.
45-148;Gaston MARTIN, Manuel d'histoire
de Ia Franc-Maçonnerie française, Paris, 1929, pp. 3-21, 32-118.
ROBERTO
DE JESUS SANT´ANNA - M\M\
GOSP
/ GOB - R\E\A\A\